Bom, vou contar aqui uma história que até agora me parece inacreditável.
Há mais ou menos uns 6 meses comecei a dar uma engordadinha. Um quilinho aqui, outro ali... E eu, uma adepta do "no sports", não ajudava muito pra reverter a situação. Mas de junho pra cá a coisa piorou. Não entrava em nenhuma calça, a minha barriga começou a ficar muito evidente, desconforto abdominal e ainda por cima a velha e conhecida amenorréia (nunca menstruei de forma regular, mas havia um tempo que parecia ter normalizado). Começou então o drama. Eu me achando gorda, horrenda e numa TPM sem fim. Pobre do Guto.
No meio desse turbilhão, decidimos, eu e o Guto, fazer a transferência de 2 embriões que tinhamos congelados desde a fecundação assistida da nossa primeira filha. Fomos ao médico, marcamos o procedimento para agosto, logo depois de eu menstruar.Esse era o problema. A maldita não vinha e o prazo do tratamento estava estourando.
Resolvi consultar minha gineco, no dia 10 de agosto, para saber se tinha alguma coisa séria acontecendo e o que eu poderia fazer para não perder a data da transferência. Eu conto e as pessoas riem de mim, mas é sério, eu pensei que estava com algum mioma. Foi então que ela pediu uma ecografia de emergência.
A minha mãe estava comigo, pra ajudar com a Olivia, e fomos as 3 correndo fazer a tal eco. Daí veio o susto. Descobri que não havia nada de errado comigo, pelo contrário, havia acontecido a coisa mais maravilhosa que poderia acontecer. Na TV de LCD de umas 19 polegadas, na micro sala de exames, comigo e com a Dra. Marcela como testemunhas apareceu aquele ser, minúsculo, mas com cabeça, braços e pernas que tirava qualquer dúvida. "Você está gravidíssima! E não é de hoje!" disse a Dra. se referindo aos 3 meses de gestação que eu me encontrava.
Chorei, chorei e chorei. Chorei de surpresa; chorei de alegria; e chorei por ter a oportunidade da descoberta.
Desde então não tiro aquela imagem da minha cabeça e amo cada dia mais esse serzinho que veio assim sem avisar, mas com certeza muito chamado por esse coração de mãe, que sempre soube que caberia mais um.